Projeto Sexualidade

Delimitação da área

 

Escolas de Joinville

Delimitação do tema

 

A importância do aprendizado sobre a sexualidade (social?) nas escolas de Joinville.

Problema

As escolas abordam a sexualidade apenas sob o ponto de vista ideológico, a sexualidade faz parte da vida humana e se manifesta em vários aspectos sendo eles biológicos, sociais e culturais; diante de tal importância, o tema deve ser abordado de forma harmoniosa com a diversidade dos aspectos que a integram.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) as orientações sexuais devem ser feita nas escolas desde o ensino fundamental e não apenas pela disciplina de ciências biológicas e sim por todas como um tema transversal.
As orientações sexuais devem ser preparadas com todo o cuidado para que não acarrete em consequências negativas psicológicas e sociais, entre elas como auto-estima, traumas, inseguranças nos relacionamentos e sentimento de culpa.
As escolas têm o dever social em tratar as orientações sexuais como funções da vida, e o estudante por sua vez têm o direito de obter nas escolas um espaço para a discussão sobre o tema.
Acreditamos também que a escola deve se diferenciar no trabalho de orientação sexual pela escolha de abordagens dialógicas, libertadoras, não-preconceituosas e não-reducionistas. De acordo com Mortimer & Horta (2003), para que o professor possa ter algum tipo de controle sobre o processo de incorporação de vários discursos e visões de mundo que circulam na sala de aula é preciso, inicialmente, criar oportunidades para que essas perspectivas entrem em contato umas com as outras, sejam explicitadas e possam contribuir para modificar e enriquecer os significados do que se diz e pensa sobre o assunto.
Os autores defendem que, para isso acontecer, não basta interagir com os alunos e permitir que eles falem ou expressem suas maneiras de pensar e suas próprias visões de mundo; os professores precisam contemplar essas formas de pensar no seu próprio discurso, possibilitando ao aluno comparar suas formulações e dialogar com as do professor, colegas e livros. Isso é o que Mortimer & Horta (2003) definem como dialogar com as maneiras do aluno ver o mundo. Para eles, implementar uma perspectiva dialógica em sala de aula requer contemplar a visão de mundo implícita na linguagem cotidiana e nos contextos sociais.
Não é papel da escola oferecer manuais de conduta do tipo “pode e não pode”, pois, como uma instituição democrática, ela deve respeitar a diversidade sócio-cultural que constitui a rede de valores de seus alunos. Por outro lado, cabe a ela garantir espaço e sistematização para discussões que permitam aos alunos pensar na sua própria sexualidade, ampliar sua visão sobre a sexualidade humana e se sentir mais preparado para administrar esse aspecto de sua vida. Como tema da vida cidadã, a sexualidade deve se integrar às várias áreas de conhecimento que transitam pela escola.
Algumas recomendações gerais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) para o ensino básico serviram para fundamentar e direcionar nosso trabalho.
Os PCN’s indicam como objetivos do ensino básico, dentre outros, que os alunos sejam capazes de:
 - Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, (...) posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo (...).
 - Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.
 - Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva.
 - Utilizar as diferentes linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados (...).
 - Questionar a realidade... (Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais,1998, p. 7 e 8)
Tais objetivos estão em consonância com as intenções curriculares apontadas em documentos sobre pesquisa de currículos de ciências, que, de uma forma geral, indicam que o ensino de ciências deve ser para todos, preparar para a vida moderna em uma sociedade democrática e produzir uma população confortável e confiante para tomar decisões e opinar em assuntos científicos de interesse próprio ou da sociedade (MILLAR,1996).
            E, como recomenda Arroyo (1996), é preciso também situar a escola na construção de um projeto político e cultural por um ideal democrático que reflita, ao mesmo tempo, a complexa diversidade de grupos, etnias, gêneros, demarcado não só por relações de perda, de exclusão, de preconceitos e discriminações, mas também por processos de afirmação de identidades, valores, vivências e cultura1.
"A postura docente é uma referência que define como meninas e meninos agem e se relacionam entre si" (Altmann 1998, p. 101). Meninos e meninas nem sempre reagem da mesma forma à intervenção docente. Assim, a proposta de nosso projeto é garantir espaço e sistematização de atividades em que os alunos não apenas exponham suas opiniões sobre os temas relacionados, mas também coloquem em prática os exercícios de ouvir, confrontar, respeitar e argumentar contra ou a favor de posições diferentes da sua.
HIPOTESE

Com o ensino dos temas abordados os alunos poderão tem um conhecimento mais amplo dos temas relacionados à sexualidade, tornando-os mais seguros e capaz de lidar com as situações.

OBJETIVO GERAL

 

1.     Proporcionar aos alunos condições de esclarecer dúvidas a cerca da adolescência, bem como de manifestar-se em relação a comportamentos, atitudes e ansiedades, características dessa fase.

 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS

1.    Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos à sexualidade, reconhecendo e respeitando as diferentes formas de atração sexual e o seu direito à expressão, garantida a dignidade do ser humano;
2.    Compreender a busca do prazer como um direito e uma dimensão da sexualidade humana;
3.    Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária para usufruir prazer sexual;
4.    Identificar e repensar tabus e preconceito referente à sexualidade, evitando comportamentos discriminatórios e intolerantes e analisando criticamente os estereótipos;
5.    Reconhecer como construções culturais as características socialmente atribuídas ao masculino e feminino, posicionando-se contra discriminações a eles associadas;
6.    Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimentos e desejos do outro;
7.    Reconhecer o consentimento mútuo como necessário para usufruir praxes numa relação a dois;
8.    Proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores;
9.    Identificar suas responsabilidades e a de seu (a) companheiro (a) com decisão da primeira relação sexual (e das demais);
10. Reconhecer as conseqüências enfrentadas pelas adolescentes com uma gravidez não desejada e do plano médico, psicológico, social e econômico;
11. Reconhecer a eficácia da camisinha, tabelinha, anovulatório e a necessidade do sexo seguro;

12. Sensibilizar os pais sobre a importância de se discutir a sexualidade com os filhos.

PROCEDIMENTO METODOLOGICO

 Será usado panfletos, cartazes com imagens referente ao tema abordado, contendo nesses panfletos localização de onde será  aplicado esse projetos, o horário e o nome dos palestrantes. será realizado fotos sobre o projeto, sua elaboração, pesquisa e palestras.
As escolas serão as principais instituições onde será aplicadas as palestras e os estudos relacionado ao tema. Podendo haver alteração quanto a oportunidades para aplicação de  palestras.


RECURSOS FINANCEIROS

  1. Palestras gratuitas dos profissionais da saúde, educação específica.
  2. Arrecadação de amostrar de produtos (ex. preservativos).
  3. Arrecadação para dar brinde aos palestrantes.

AVALIAÇÃO

Os alunos farão a avaliação, através de questionários e dando sugestões. A avaliação será de forma individual e sem identificação.

TEMAS DESENVOLVIDOS

 

  1. Fatores que interferem na sexualidade humana:  Discussão sobre os estereótipos; mudanças físicas; mudanças psicossociais como o amadurecimento emocional, social, o desenvolvimento intelectual e moral e o contexto social atual.
  2. Menstruação, virgindade e a gravidez.
  3. A primeira ejaculação e ejaculação precoce.
  4. Masturbação.
  5. O primeiro beijo.
  6. A primeira relação sexual.
  7. Higiene dos órgãos sexuais.
  8. Métodos contraceptivos.
  9. Homossexualidade.
  10. Relacionamento: pais X adolescentes.
REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais,1998, p. 7 e 8
MILLAR,R.(1996)- Um currículo de ciências voltado para compreensão por todos. 

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